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Ambientes Inovadores

José Afonso Batista "Aprender por Medida" (pág. 31)

  • O ensino democrático centra-se nas estratégias e na auto-regulação que apela ao controlo sobre os processos cognitivos, metacognitivos e motivacionais que permitem conferir  um significado pessoal ao ato de aprender.

Metodologia de Trabalho por Projetos

Projeto como abordagem
pedagógica centrada em problemas

Uma metodologia assumida em grupo que pressupõe uma grande implicação de todos os participantes, envolvendo trabalho de pesquisa no terreno, tempos de planificação e intervenção com a finalidade de responder aos problemas encontrados. Os alunos desenvolvem a autonomia porque assumem a responsabilidade pelas fases da planificação da sua atividade:

Aplicar a Metodologia de Trabalho por Projetos (MTP):

  • Fase I – definição do problema;

  • Fase II – Planificação e desenvolvimento;

  • Fase III – execução;

  • Fase IV – divulgação/avaliação.

 

O papel do professor passa a ser o de ensinar ao aluno as estratégias que lhe permitam definir os seus objetivos, escolher os exercícios, atividades e métodos de exercitação que permitam alcançar esses objetivos e finalmente avaliar o processo de forma autónoma conhecendo os indicadores de sucesso. O aluno pesquisa a informação necessária para fundamentar o seu projeto, prescreve a sua própria atividade física, de forma individual ou em grupo, gere os recursos disponíveis, rentabilizando-os, aplica na prática o seu plano de atividade física e avalia os resultados, aferindo-os. O professor deixa de ensinar técnicas para ensinar estratégias de pesquisa, organização, implementação e avaliação. Os exercícios, métodos e jogos são um meio para se atingir um fim, a formação do indivíduo.

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  • Teresa Vasconcelos e colaboradores. Trabalho por projetos na Educação de Infância. Mapear Aprendizagens, Integrar Metodologias. Ministério da Educação e Ciência. Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular: PDF

Auto-regulação da Aprendizagem

Ensino das estratégias em vez de matérias

A autorregulação é igualmente um construto multidimensional. Para Zimmerman, a autorregulação na aprendizagem refere-se ao grau em que os indivíduos atuam, a nível metacognitivo, motivacional, comportamental, sobre os seus próprios processos e produtos da aprendizagem, na realização das tarefas escolares. Toda a ação para ser regulada pelo indivíduo exige:

  1. Consciência dos objetivos a atingir.

  2. Conhecer as exigências da ação que quer realizar.

  3. Discrimine e organize os seus recursos internos e externos para a concretização da ação.

  4. Avalie o nível de realização atingido.

  5. Altere os procedimentos utilizados se o resultado a que chegou não o satisfaça.

Ser autónomo, ao aprender, supõe dominar um conjunto amplo de estratégias, ou seja, conseguir tomar decisões intencionais, conscientes e contextualizadas, com o fim de atingir os objetivos de aprendizagem perseguidos.

Adquirir uma estratégia não significa apenas saber realizar ou executar corretamente as distintas operações de um procedimento, ou técnica. Significa, sobretudo, saber quando e o porquê essa técnica é útil, ou seja, adotar um conhecimento estratégico. Logicamente que não nascemos nem a dominar as estratégias, nem de posse desse conhecimento estratégico; é através das interações com os outros que vamos adquirindo formas e procedimentos de gestão dos nossos conhecimentos e experiências motoras.

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  • Adelina Lopes da Silva e colaboradores. Aprendizagem Auto-Regulada pelo Estudante - Perspetivas psicológicas e educacionais. Porto Editora.

  • Carla da Conceição Pereira Lopes. 2005. Caracterizar a Ação Educativa para ensinar a partir do Aluno. Cosmos.

  • José Afonso Baptista. 1999. Aprender por medida. Porto Editora.

  • Jacques Delors. 1996. Educação um Tesouro a Descobrir - Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Edições ASA.

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